sábado, 4 de agosto de 2007

Ode a Lucília

Tentarei em poucas linhas explicar
O amor que me é tanto e chega a escapar
Pelas minhas mãos enquanto escrevo essas palavras
Que idiotas, boçais, tentam alcançá-la

O amor que por ela sinto, classifico de infinito
Jamais havia sentido algo tão completo, forte e bonito
E se não parte de mim, somente dela pode partir
Todo esse amor que nunca pensei poder existir

Às vezes me bate um pensamento ligeiro
“Será que não seria uma exagero
Falar da infinitude que não se encontra na Terra
E comparar às estrelas a quantidade do meu amor por ela?”

Talvez seja uma loucura insensata
Ousar fazer uma poesia barata
Tentando contemplar a beleza
Daquela que é mais bonita que qualquer Deusa

Mas se em algum lugar existissem Deusas
Morreriam de inveja umas, o restante de tristeza
Então eu voltaria ao princípio
Recorrendo ao imaginário para achar um parâmetro comparativo

Como posso tentar explicar
Um sentimento que não se pode medir ou pesar?
Mas será que preciso de régua ou balança
Para falar do amor que tanto me encanta?

Nunca tive um sentimento tão bom quanto este
Que se confunde em amor, namoro e flerte
E que só me é pleno se tiver ela comigo
Me ajudando a entender o que sozinho não consigo

Mas porque tentar comparar?
Se palavras não existem para explicar
E inútil seria qualquer tentativa
De quantificar, rotular ou qualificar o amor da minha vida

Desistir? Não! Não posso, não devo
Pois isso seria reflexo do medo
De errar na conta que tento fazer
Mas acho válido o erro que intenta esclarecer

Não pareço conseguir chegar a uma conclusão
Pois o amor do qual eu falo me escapa à razão
E sem quantificar ainda posso sentir em mim
O amor de que falo, então o deixo assim

Então parece que cheguei ao fim
Sem mostrar uma conclusão que agrade a mim
Mas talvez isso seja algo bom de se saber
Pois aponta que o meu amor é tão grande que nem eu consigo conhecer

2 comentários:

Anônimo disse...

Melhor do que ler isso, é sentir esse amor todo!!!

Marcus César disse...

Que bom, assim ninguém pode dizer que isso é uma falácia! Invejem-me, maus-amantes e maus-amados!