segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Hancock: um herói de verdade

Nota: Se você ainda não viu o filme, leia isso aqui depois, tá?!
De antemão, já digo: detesto pessoas "cult" em filmes, daquele tipo que conhece todos os diretores, só gosta de filmes antigos e critica tudo quanto é filme novo, menos de diretores também "cult".
Will Smith resolveu mandar um atrás do outro depois de velho; primeiro veio "Eu Sou a Lenda" e agora "Hancock". Embora seja um filme "bem filmado", não gostei muito do "Eu Sou a Lenda", achei que ficou faltando alguma coisa. Mas ví, acredito que no próprio "Eu Sou a Lenda", o trailler do "Hancock", e fiquei querendo ver. Um dia, na casa do Mazinho, ví o filme, e achei a idéia muito boa, um cara fanfarrão, brigão e mal educado com poderes de um Original (nome dado aos Super-Heróis tipo Superman), embora tenha achado a última quarta parte do filme um pouco chata e sem sentido, justamente por colocar coisas desnecessárias. Mas ontem ví o filme novamente, e só aí reparei na genialidade dele. Hancock, acima de tudo, e um herói, exatamente por ter um grande coração - isso mesmo, brega assim. O cara acorda em um hospital sem lembrar de nada sobre sua vida, mas cheio de poderes, e resolve, com esses poderes, ajudar os outros de cara aberta. Acha um cara que confia nele, e, mesmo a despeito de todo o seu passado, retribui essa confiança de forma que mesmo pessoas sem super-poderes dificilmente fariam; afinal, se se tem super-poderes, para que abrir mão de sua liberdade? Para Hancock, a resposta é simples: para ajudar as pessoas. Sim, embora o discurso de Ray (acho que é esse o nome) seja sobre reconhecimento, o final do filme só me deixa acreditar que é coisa de herói mesmo. Quando descobre que a mulher é igual a ele e que lhe deixou acreditar que estava sozinho no mundo por 80 anos, ele fica triste - e só! Sim, só, porque eu juro que, com poderes como os dele, eu tinha ferrado aquela mulher; antes deles conversarem no hospital, claro, porque só lá ela demonstra os seus motivos, que são muito bons - ela fez o que fez por amor. Nesse momento, eu estaria chorando de arrependimento por ter socado a mulher que só me deixou sozinho por me amar; mas Hancock não, ele estava no hospital porque ajudou alguém. E, mesmo fodido, ele faz o que pode para se afastar dela o mais rápido possível, para que ela possa se salvar; cena linda, música e fotografia mesclando-se perfeitamente. Ou seja, mesmo pondo sua "vida imortal" em risco, Hancock se fode para ajudar os outros.
O melhor filme dos últimos tempos.

Um comentário:

Unknown disse...

cara, depois de saber que o personagem de bruce willis estava morto em "o sexto sentido" dois meses antes de ver o filme, nada mais me estressa.

grande abraço e valeu a dica.